quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Por que os arquivos DWG não funcionam bem no Revit®?

Apesar de ser possível importar um arquivo DWG para o Revit®, os resultados não são satisfatórios 

Texto: Erik Uppenberg | Tradução adaptada: Silvia Lavagnoli 



Por "não são satisfatórios" entenda-se: não são dignos de um profissional BIM BETTER. Por isso, se você não quiser ser confundido com um principiante, jamais envie arquivos importados do AutoCAD® para usuários de Revit®. Eles saberão de cara que se trata de arquivos convertidos do AutoCAD® e você vai passar vergonha!
Nosso colaborador baseado em Chicago, Erik Uppenberg gravou um vídeo bastante didático sobre o assunto. O vídeo foi traduzido para português e deixa bem claro as diferenças de performance entre um bloco de AutoCAD® convertido e uma família nativa de Revit®. Confira!




Um dos desafios dos fabricantes, principalmente em razão da demanda atual, é disponibilizar bibliotecas para Revit® para arquitetos e especificadores. Muitos fabricantes até entendem que o Revit® é importante e oferecem suas bibliotecas, mas em razão dos custos e muitas vezes por falta de informação, optam por bibliotecas compostas por arquivos DWG convertidos. Isso é ótimo para os seus clientes que usam o AutoCAD®, mas é um desastre para os usuários do Revit®.

Além do que foi demonstrado há ainda duas razões adicionais pelas quais os usuários de Revit® não gostam de arquivos DWG em seus projetos:

1. Arquivos DWG são pesados ​​no Revit®
Usuários de Revit® muitas vezes trabalham em projetos de grande escala. Seus projetos podem incluir andares ou até mesmo prédios inteiros. Os arquivos DWG são pesados e dificultam o manuseio dos projetos, mesmo nas máquinas mais potentes.
Os arquivos DWG contém muitos detalhes, não são paramétricos e não possuem opções de visualização como as famílias nativas do Revit® (coarse, medium e fine), portanto pesam mesmo no seu projeto!
Em suma, eles não foram feitos para o Revit® e tentar adaptá-los à plataforma para a qual não foram criados impede que o usuário tenha uma boa experiência. O pior é que a experiência é ruim tanto com o Revit® quanto com o produto.

2. Arquivos DWG não são flexíveis em Revit®
Como foi demonstrado no vídeo, os arquivos DWG utilizados em ambiente Revit® não são flexíveis. Digamos que você tenha criado uma configuração de mobiliário em AutoCAD® e decide então importar tudo para o Revit®. Coitado do próximo usuário que tiver que fazer qualquer alteração nesse arquivo de Revit®... Vai passar por maus bocados e isso não vai fazer bem para sua reputação profissional.
Arquivos importados do AutoCAD® no Revit® são blocos rígidos que atrasam (e atrapalham!) muito o trabalho dos usuários de Revit®.
Mas o mais importante é que arquivos DWG quando levados ao ambiente de Revit® não possuem aquilo que é o grande diferencial do conceito BIM: a informação. A importação torna-os “blocos burros” que até cumprem seu papel gráfico, mas não acrescentam nenhuma informação ao projeto sobre o produto que representam.

Concluindo, não é uma boa ideia oferecer seus arquivos do AutoCAD® para um usuário de Revit®. Se você é usuário de Revit®, já sabe do que estamos falando. Se está para entrar no mundo BIM, já sabe como separar o trigo do joio. Agora, se você é fabricante, invista em uma boa biblioteca de famílias nativas no Revit® e permita que o primeiro contato com seu produto ainda no projeto seja realmente positivo.  



Erik Uppenberg
Silvia Lavagnoli
Erik Uppenberg é diretor comercial da ofcdesk, baseado em Chicago, responsável pela área comercial em toda a América do Norte.

Silvia Lavagnoli é gerente de marketing na ofcdesk,baseada em São Paulo, responsável pelas ações nos Estados Unidos e Brasil.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Arquitetos de Interiores e o BIM

5 razões para arquitetos de interiores utilizarem o Revit® e adotarem o BIM 

(+ 1 razão para a indústria moveleira sair da inércia)

Texto: Erik Uppenberg | Tradução adaptada: Silvia Lavagnoli




Suponhamos que você está no ramo da indústria moveleira corporativa, seja como fabricante ou representante. Não seria incrível entender como os arquitetos estão utilizando seus produtos no espaço virtual?

Esse texto serve de cartilha para profissionais da indústria moveleira corporativa e ajudará a entender a importância de uma biblioteca BIM para os arquitetos de interiores.

Para os novatos no conceito BIM, o acrônimo significa Building Information Modeling. O BIM é um processo eficiente e colaborativo utilizado por arquitetos, engenheiros, construtoras e decoradores como forma de planejar e visualizar as edificações.
O Revit® desenvolvido pela Autodesk© é um software baseado no conceito BIM. Comparativamente, o AutoCAD® não é um software BIM, utilizando o conceito CAD (Computer Aided Design).
Uma das coisas mais interessantes da era BIM é que em muitos casos os arquitetos de interiores trabalham com o produto de um fabricante em um meio virtual antes mesmo de ver o produto físico.
Como? Com toda a tecnologia disponível, um profissional projeta um espaço utilizando uma cadeira (através de uma biblioteca disponibilizada pelo fabricante) antes mesmo de ter a oportunidade de sentar-se nela!
Esta é a nova realidade para arquitetos de interiores que trabalham colaborativamente com outras disciplinas em projetos BIM, sendo o Revit® da Autodesk© o software mais utilizado no mercado.
Como o BIM hoje se faz presente na maioria dos projetos de grande porte, aqueles que trabalham com interiores TAMBÉM encontram-se em processo de mudança do CAD para o BIM.

5 razões pelas quais os arquitetos de interiores estão migrando para o BIM e adotando o Revit®.


1. O Revit® ajuda na visualização 3D


Os programas BIM como o Revit® trabalham em 3D. A facilidade para alterar entre as vistas 2D e 3D ajuda os arquitetos de interiores tanto no sentido prático quanto criativo do trabalho.
O conceito de “Clash detection” (detecção de interferências), que evita erros quando dois objetos são inseridos no mesmo espaço, é de fundamental importância. Projetar em 3D faz com que a inserção de objetos no espaço seja tão intuitiva quanto colocar um objeto físico em um quarto.
Os usuários de Revit® utilizam as vistas tridimensionais para gerar renders básicos de seus projetos. É uma excelente oportunidade para impressionar o cliente e discutir as ideias de layout para um determinado espaço.
Nesta fase, o arquiteto de interiores mostra o mobiliário inserido no espaço, o que aumenta a importância dos fabricantes oferecerem uma biblioteca de seus produtos para Revit® com boa qualidade.


 2. Os dados são fáceis de manusear

Existe uma infinidade de programas 3D no mercado que arquitetos de interiores podem utilizar até mesmo gratuitamente. A grande vantagem do BIM está não somente na habilidade de projetar em 3D, mas também no fácil manuseio das informações inseridas.Uma boa biblioteca de modelos Revit® é composta não somente da representação gráfica dos produtos, mas também de especificações, características e acabamentos de cada item. A parte mais relevante dessas bibliotecas está justamente nestas informações e não no aspecto gráfico de cada modelo. Modelos Revit®/ BIM frequentemente contém informações tão valiosas que servem para propósitos de certificações importantes como o LEED por exemplo.

 3. Os quantitativos (schedules) do Revit® ajudam (E MUITO!) na criação de listas de materiais

Uma tabela de quantitativo (Schedule) gerada pelo Revit® além de conter todas aquelas informações importantes que os modelos BIM carregam, possui interface muito simples similar a uma planilha Excel. Por isso são facilmente manuseadas pelos arquitetos que delas extraem as listas de materiais de seus projetos.
Os usuários de Revit® utilizam os quantitativos para editar e visualizar as informações de diversas formas. Por exemplo, os quantitativos por ambiente podem ser obtidos a partir das listagens de itens (produtos) inseridos no desenho.
Pode-se também adicionar produtos que não possuem representação gráfica (pintura, por exemplo) o que possibilita o cálculo preciso da quantidade de material necessário para determinada área.


 4. O BIM promove o trabalho colaborativo

O mobiliário é apenas uma pequena parte do projeto de uma edificação. Arquitetos envolvidos no projeto de um prédio não estão olhando apenas para sua “parte” do trabalho, eles colaboram em um modelo virtual que é simultaneamente alterado por profissionais de outras disciplinas.
Passar um projeto de arquitetura de mão em mão, do arquiteto para o engenheiro e finalmente para a construtora é um processo que está com os dias contados.
O BIM permite o desenvolvimento de diversas disciplinas simultaneamente. Isso significa que engenheiros, projetistas eletricistas, projetistas hidráulicos e arquitetos podem teoricamente trabalhar ao mesmo tempo em um modelo BIM.
Projetar em Revit® proporciona aos arquitetos uma percepção mais completa do espaço assim como as interferências de outras disciplinas, resultando em melhores decisões sobre layout e escolha de materiais por exemplo.

5. Informação falsa não entra

Com o uso do Revit®/ BIM as solicitações de alterações ou detalhamento de projeto por parte das construtoras praticamente desaparece.
Isso acontece porque o projeto BIM é muito mais consistente do que o CAD.
O Revit® não permite que o projetista invente um número, elemento ou produto, característica muito apreciada pelos bons profissionais, pois promove honestidade e precisão. Em um ambiente BIM tudo o que aparece no projeto realmente existe no mundo real. E caso a modelagem ou as informações não sejam fiéis ao produto, a irregularidade tem grandes chances de ser detectada com antecedência e consertada o mais rápido possível antes que o projeto chegue à obra.




Se você é fabricante de mobiliário, agora que já sabe por onde anda o modelo do seu produto antes de chegar à obra do cliente, que tal tratar esse assunto com mais carinho e dedicar mais atenção a uma biblioteca BIM de qualidade? Os arquitetos de interiores que estão lendo esse texto agradecem. 


Erik Uppenberg
Silvia Lavagnoli
Erik Uppenberg é diretor comercial da ofcdesk, baseado em Chicago, responsável pela área comercial em toda a América do Norte.
Silvia Lavagnoli é gerente de marketing na ofcdesk, baseada em São Paulo, responsável pelas ações nos Estados Unidos e Brasil. 







O que você tem a dizer sobre a tecnologia BIM para arquitetura de interiores? Deixe aqui seu comentário.

terça-feira, 1 de abril de 2014

Docol

Docol e BIM
Pioneirismo, atitudes sustentáveis e envolvimento.

Entrevista com Fernando Prado, gerente de marketing da Docol
(por Silvia Lavagnoli)


A Docol, cliente e parceira da ofcdesk há 2 anos, tem em seu DNA fortes marcas de pioneirismo e atitudes sustentáveis
Enquanto as atitudes sustentáveis se fazem presentes nos valores da empresa (basta dar uma olhada na missão e visão da Docol), o pioneirismo fica evidente nos produtos inovadores e na atenção dispensada aos profissionais que especificam a marca.
Um dos momentos mais marcantes de pioneirismo da Docol foi justamente a adoção do BIM.
Ao disponibilizar as bibliotecas de seus produtos para Revit®, a Docol foi a primeira empresa brasileira de metais sanitários a dar um enorme passo em direção ao futuro da arquitetura e engenharia.
Falamos de pioneirismo e atitudes sustentáveis e você deve estar se perguntando onde é que entra o envolvimento nessa história toda... Diríamos que não existe implantação de BIM sem envolvimento e comprometimento. 
Adotar o BIM não significa encomendar uma biblioteca e distribuir no mercado.  Adotar o BIM requer envolvimento. Requer presença efetiva junto aos profissionais de arquitetura e engenharia, requer acompanhar de perto cada movimento do mercado, requer a consciência da importância da participação da indústria no processo todo. 
A ofcdesk apoia e acompanha de perto a atuação da Docol na adoção do BIM. Por isso, tomamos a liberdade de citar o envolvimento como mais um atributo positivo da Docol.

Entrevistamos a gerente de marketing da Docol, Fernanda Prado. Ela nos conta como a adoção do BIM pela Docol repercutiu no mundo da arquitetura e quais as expectativas que a Docol tem em relação a essa nova fase.

ofcdesk: Mesmo sabendo que a plataforma mais utilizada é o AutoCAD®, a Docol foi pioneira na adoção do BIM na indústria de metais sanitários. Qual foi a resposta dos arquitetos e especificadores a essa inovação? 
Fernanda: Percebemos claramente que o conceito BIM ainda é pouco difundido entre os escritórios e profissionais. Essa nova forma de projetar exige investimento tanto em tecnologia quanto na capacitação dos usuários. Por esse motivo, tivemos a preocupação em disponibilizar ao mercado desde o primeiro momento nossa biblioteca completa em 2D e 3D para 3 plataformas: AutoCAD®, SketchUp e o Revit®. Quando decidimos investir em BIM, enxergamos um horizonte de oportunidades. A primeira delas pelo pioneirismo no nosso segmento e pela oportunidade de facilitar o dia a dia dos profissionais que especificam produtos Docol em mais de 40 países. Ou seja, precisamos pensar de maneira global respeitando as peculiaridades de cada mercado. Arquitetos e demais especificadores aprovam o fato da Docol oferecer a solução completa para as 3 plataformas. Aqueles que já dominam a plataforma Revit® são ainda mais entusiastas com o DocolBIM, pois ainda são raras as empresas que já estão 100% prontas para essa tecnologia.

ofcdesk: Na última Revestir, a Docol participou do Fórum Internacional de Arquitetura e Construção, na palestra relacionada ao BIM na prática. Desse mesmo painel participaram renomadas construtoras e escritórios de arquitetura. Como a Docol encara a participação da indústria nesse momento de transição CAD -> BIM?
Fernanda: A participação da indústria nesse momento é fundamental. Para que o BIM traga os resultados esperados é importante que todas as etapas do projeto estejam verdadeiramente parametrizadas. Ou seja, precisamos que as indústrias que atuam junto a construção avancem no desenvolvimento de bibliotecas para Revit® dentro do conceito BIM. Com isso, teremos projetos cada vez mais sustentáveis, com menos desperdício de tempo e de recursos.

ofcdesk: A Docol está comprometida com atitudes sustentáveis e demonstra isso através do desenvolvimento de produtos que economizam água, alguns destes contribuem para a certificação LEED. Na opinião da Docol, é muito cedo para falarmos em GREEN BIM no Brasil?
Fernanda: Nunca é cedo para falarmos sobre iniciativas sustentáveis. Para a Docol, o conceito de sustentabilidade é mais do que oferecer ao mercado produtos que contribuem para a economia de água. Precisamos que nossas iniciativas sejam tal como propõe o triple botton line - ambientalmente corretas, economicamente viáveis e socialmente responsáveis. Isso inclui pensar e agir de maneira diferente. Acreditar no GreenBIM é dividir com os profissionais a responsabilidade por projetos mais funcionais e completos que prezam pelo não desperdício de tempo e pela economia de recursos naturais durante a construção e a vida útil de um empreendimento.

Fernanda Prado é gerente de marketing corporativo na Docol e está à frente do projeto DocolBIM desde 2013.















Texto de Silvia Lavagnoli, 
gerente de marketing da 
ofcdesk no Brasil.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Escassez de bibliotecas para BIM

Implantamos o BIM! E agora?

Consequência #2: Escassez de Bibliotecas.


Ao longo de um projeto desenvolvido em BIM, independente da plataforma utilizada, é normal o profissional se deparar com a quase instransponível barreira da falta de conteúdo, seja na forma de famílias Load ou famílias System. “System e load? Mais o que é isso”? Falaremos disso mais adiante no texto.
Em um país como o Brasil, onde o BIM ainda está evoluindo, parece bem natural que não haja muito conteúdo disponível, principalmente quando procuramos um conteúdo mais profissional. Em uma busca simples pela internet fica fácil constatar essa dura realidade. É fácil encontrar famílias sem formatação, sem parametrização, sem nenhuma funcionalidade. E o pior, famílias BIM com um CAD 2D ou 3D embutidos, o que configura quase como uma heresia para os especialistas BIM. Mas infelizmente essa é a verdade nua e crua do cenário nacional.

“Mas então, o que faremos?”

Bom, o primeiro passo é aprender sobre o que é uma família e se ela é uma “boa” família ou não, pois só assim poderemos filtrar algo de todo esse conteúdo disponível.
Começaremos diferenciando o que é uma Load family de uma System family. É importante saber que ambas são paramétricas. Load Families são famílias desenvolvidas fora de um arquivo de projeto e depois inseridas. De uma maneira simples são inseridos como os blocos nos programas CAD. Já as System Families são famílias nativas, já estão dentro dos softwares BIM, podendo ser editadas e duplicadas. Exemplo: Paredes, lajes, telhados e etc.

 “Já que posso carregar famílias no projeto, onde consigo essas famílias?”

É aqui que o ambiente começa a ficar um pouco mais hostil. Existem diversos sites oferecendo famílias gratuitas em um sistema de dowload e upload, ou seja, qualquer um pode subir e baixar uma família. Não há nenhum controle de qualidade nesse processo, gerando uma disseminação de conteúdo (famílias) de péssima qualidade.
Em países como os EUA os próprios fabricantes de móveis disponibilizam suas famílias com uma qualidade excelente gratuitamente em seus websites, como é o exemplo da empresa fabricante de móveis Knoll ( confira através do link http://www.knoll.com/design-plan/resources/furniture-symbols/showcase-symbols ).

“E como vou saber separar o joio do trigo?”

Seguem algumas dicas para a busca de famílias de qualidade:


  • Procure primeiro nos sites de fabricantes americanos.  Os Estados Unidos se encontram em um nível de desenvolvimento BIM superior ao Brasil.
  • Verifique se a família é paramétrica. Isso que dizer que a família pode ser modificada de acordo com uma necessidade, por exemplo: uma mesa que possibilite a alteração de todas as suas dimensões, largura, altura, comprimento e etc.
  • Avalie a qualidade gráfica. Esse item está diretamente relacionado ao nível de detalhamento da modelagem dessa família. Na maioria das vezes os desenvolvedores de bibliotecas utilizam um bloco 3D, tipo CAD, como referência para modelagem. Os bons profissionais importam esse bloco para a plataforma BIM, desenvolvem o aspecto gráfico da família, aplicam todas as funcionalidades paramétricas, e apagam o bloco de referência deixando somente a modelagem BIM associada às informações. Uma boa família jamais virá com um bloco CAD dentro. O CAD é pesado e faz qualquer sistema BIM “enlouquecer” com todas as suas linhas.


“Mas e se eu não encontrar a família que eu procuro, terei que fazer?”

Por excelência, a função do BIM Manager de cada escritório compreende não somente o gerenciamento de famílias, mas também a criação. A ofcdesk, que cria famílias profissionalmente para grandes fabricantes dos EUA e do mundo, desenvolveu os plug-ins ofcdesk tools muito úteis para a criação e manutenção de famílias. São ferramentas simples com ótimo custo benefício e muito eficientes, adequando-se perfeitamente para:
  •          Profissionais que gostariam de entrar no BIM, mas ainda estão presos às bibliotecas CAD (que até o momento, atendem bem as necessidades do escritório);
  •          Profissionais que já foram para o BIM, mas encontram dificuldades para gerenciar e editar grandes quantidades de famílias de forma rápida e eficaz.

Saiba mais sobre o ofcdesk tools, plug-ins que variam de 0 a 20 dólares. Isso mesmo! Há plug-ins que podem ser baixados gratuitamente.










Texto de Bruno Bertozzo

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

BIM e Produtividade

Implantamos o BIM! E agora?

Consequência #1: Impacto na produtividade





Após vencer a primeira etapa de implantação do BIM - que significou pausa na produção, cursos intensivos para a equipe sobre a nova plataforma e acompanhamento do processo por um especialista - não se iluda... sua vida não vai ficar mais fácil. Pelo menos não por enquanto.
É chegado o momento de utilizar o BIM efetivamente e por isso esta fase tende a ser a mais difícil de toda a implantação. De um lado, temos os envolvidos diretos, os arquitetos e engenheiros que estão adotando uma nova metodologia de trabalho e mudando completamente sua forma de projetar; de outro lado estão os proprietários dos escritórios de arquitetura ávidos pelo retorno de seu investimento na implantação. E agora? Como equilibrar esse cenário?






Minimizando as ansiedades. É importante entender que a implantação do BIM ocasiona uma inversão da curva de produtividade em relação à curva dos programas CAD. Em um escritório de arquitetura que utiliza um sistema tradicional 2D/CAD, a maior parte das informações é inserida no final do projeto, demandando mais tempo (e custos!) com revisões de desenhos, compatibilizações exaustivas , isso sem contar os imprevistos. Já no conceito BIM, as informações são inseridas antecipadamente, resultando em um esforço maior nas primeiras etapas de projeto. Assim, algumas soluções, que surgiriam apenas ao final de um projeto CAD, são antecipadas no modelo BIM, tornando a última etapa de projeto bem menos traumática.
É provável que a curva de produtividade nos primeiros meses de implantação não se comporte exatamente como o gráfico acima, pois sofre também com o fato da própria adaptação dos funcionários ao novo sistema e à nova forma de pensar e resolver o projeto. A queda de produtividade inicial tende a diminuir e desaparecer com o aumento do domínio da nova ferramenta ao longo do tempo.

Os benefícios na vida real. Vamos imaginar o seguinte cenário: um escritório de arquitetura está na fase executiva do desenvolvimento de um projeto. Verifica-se a necessidade de uma alteração: mover um pilar 30 cm para a esquerda. Para um leigo parece simples, porém sabemos que em um escritório com um sistema tradicional CAD, essa alteração seria motivo de um desespero generalizado! Provavelmente seria convocada uma força-tarefa para localizar todas as folhas em que esse pilar aparecesse, e então seriam feitas as modificações em todas as pranchas, uma de cada vez. Com o uso de um sistema com conceito BIM, isso seria muito mais simples, pois com uma única alteração no modelo, todas as vistas de documentação, plantas, cortes, elevações, perspectivas e outras, já estariam automaticamente atualizadas.

Felipe Farah , arquiteto praticante do BIM há mais de 7 anos e atual BIM Manager do escritório Provecto Smart Offices, esclarece:

“O ideal é fazer um bom planejamento antes de iniciar o treinamento e de dar o start no processo de transição do sistema convencional para o BIM. Como acontece uma “mudança” considerável no processo, é importante que o treinamento da equipe seja focado no esquema de trabalho da empresa, utilizando seus próprios projetos ou similares que se enquadrem na sua área de atuação. Por exemplo, um escritório que trabalha no setor de arquitetura corporativa tem um foco diferente de um escritório voltado para projetos residenciais. Desta forma, evitamos as dúvidas que não são da ferramenta, garantindo assim o foco do treinamento.
A presença do BIM manager acompanhando todo o processo de transição desde o início é de fundamental importância. É essencial que este profissional tenha experiência na área de atuação da empresa e saiba entender bem todo seu processo de trabalho e suas necessidades antes de iniciar a implantação.  Claro que também é fundamental que o BIM manager tenha o domínio da ferramenta e experiência como usuário, para ter respostas rápidas atendendo assim as necessidade desse momento delicado.
Outro fator, talvez um dos mais importantes, é que a equipe seja receptiva, participe e se motive com essa evolução. Sem dúvida isso acelera e qualifica todo o processo. Pessoas fazem toda a diferença nessa hora ”.

Tempo ao tempo.  Na implantação do BIM a curto prazo, a produtividade do BIM tende empatar com o CAD no que diz respeito ao tempo de elaboração do projeto. O que se ganha é apenas a qualidade superior das informações do projeto. Substituir o CAD pelo BIM rapidamente implica na simples troca de software e não é isso que queremos, certo? Como o objetivo da mudança é obviamente o aumento da produtividade, é melhor respeitar o tempo de maturação e depois tirar proveito máximo do novo conceito. O tempo para uma implantação BIM com qualidade varia em geral de 6 a 12 meses, observando-se as diferenças e particularidades de cada escritório.
Por isso, muito cuidado com a falsa ideia de que a mudança para o BIM trará resultados imediatos na produtividade de sua equipe. O BIM fará sem sombra de dúvida seu escritório mais produtivo e lucrativo, mas apenas a médio prazo, caminhando lado a lado com o próprio aprendizado das equipes envolvidas.


Texto de Bruno Bertozzo/ Co-autoria de Felipe Farah e Silvia Lavagnoli



quarta-feira, 12 de junho de 2013

O BIM nas mãos (e nas cabeças) dos jovens arquitetos

Raciocínio lógico e criatividade: as mentes abertas dos jovens profissionais constituem um ecossistema perfeito para a evolução do BIM.

Quem já teve a oportunidade de conhecer a equipe ofcdesk sabe que há muitos jovens talentos entre nossos profissionais. São arquitetos, engenheiros e programadores (entre outros) que não estão aqui por acaso. A combinação do raciocínio lógico com criatividade é a receita ideal para o surgimento de soluções inovadoras.

Todo o sucesso que a ofcdesk alcançou até hoje com programas e serviços para BIM é fruto da competência dos mais experientes e do talento de nossos jovens, mentes abertas que abraçaram o BIM e compreendem o conceito em sua plenitude.

Dentre esses jovens está Bruno Bertozzo, arquiteto e BIM specialist que prova a maturidade no assunto através do relato abaixo.
"Vivendo em um tempo de transformação e descobertas de novas tecnologias, tanto projetuais como construtivas, comparações entre o ultrapassado e o novo efervescem todos os dias nos escritórios de arquitetura. O novo veio através do BIM (Building Information Modeling) e tratou de levantar mais uma entre tantas comparações já existentes: “A transição do CAD para o BIM será a mesma da prancheta para o CAD?”.
Desde o Renascimento, quando o desenho passou a ser uma ferramenta importantíssima na representação de um projeto arquitetônico, passando pelos dias de glória da boa e velha prancheta até chegar ao CAD, o arquiteto enfrenta o mesmo desafio: transportar o que está dentro de sua cabeça através de uma representação gráfica, o desenho, para o projeto. Linhas, traços e pontos, insignificantes aos olhos de um leigo, ao serem contempladas por olhos profissionais, tornam-se efetivamente um projeto.
Esse modo de pensar/projetar perdurou durante muito tempo, e perdura até hoje. A transição da prancheta para o AutoCAD, apesar de gerar resistência, investimento e problemas iniciais de adaptação (presentes em qualquer transição) demandou apenas uma mudança de ferramenta, o conceito chave de projetar através das mesmas linhas, traços e pontos, se manteve intacto.
Para a mudança BIM acontecer, a adaptação com uma nova ferramenta ou neste caso, um novo software, não é a única chave para o sucesso e nem tão pouco a mais importante. Nessa transição é necessária uma mudança de pensamento, de conceito, de mentalidade. Com a prancheta e o CAD, o arquiteto acostumava-se a projetar somente em planta, e com isso deixava de compreender o projeto como um todo. A percepção espacial do projeto se torna peça fundamental na arte de projetar com o BIM.
Duas linhas paralelas não dependem mais da interpretação de um leitor para se tornarem paredes, no novo sistema elas serão realmente paredes, com todas as suas propriedades: comprimento, altura, largura, material construtivo, revestimento e etc.. O BIM nada mais é do que uma simulação da realidade. E como qualquer outra simulação, necessita de informações reais e exatas. Por isso, modele exatamente o que vai construir, e construa exatamente o que modelar".

A conclusão que tiramos disso é que o futuro do BIM está garantido nas mãos e nas cabeças da nova geração de arquitetos e engenheiros que aperfeiçoam cada vez mais o uso do conceito. A ofcdesk vivencia isso, todos os dias.

Se você precisa de software, treinamento, modelagem de famílias ou projetos completos em BIM, conte com a ofcdesk. tomando emprestado o vocabulário da moçada, "nosso pessoal é fera e aqui o BIM é para valer".


Texto escrito por Silvia Lavagnoli e Bruno Bertozzo


terça-feira, 5 de março de 2013

Desenvolvimento de famílias para o Revit

Finalmente você tomou a decisão. Convocou toda a sua equipe e anunciou com orgulho: "De agora em diante desse escritório só sai projeto em BIM!" Mas... e agora?


1º ato. Sua primeira providência foi adequar os equipamentos, adquirir o software e mandar todo o staff para um curso de Revit® (ou outro software BIM do mercado). Anunciou aos clientes que agora você trabalha em BIM, e então ganhou o primeiro contrato. Euforia total!

2º ato. Mãos à obra! Todos super animados e logo na primeira semana você nota que apesar da empolgação, a produtividade da equipe caiu, mas encara isso como normal... " deve ser  a curva de aprendizado", você pensa.  Mas à medida que os meses passam, você começa a perceber que otimizar a produção da equipe não é só uma questão de adaptação à ferramenta, mas sim de mudança de toda a rotina do escritório.

3º ato.Você então se dá conta que na era BIM um arquiteto não pode simplesmente sentar-se em seu posto e de imediato começar a projetar. Para começar qualquer trabalho, ele terá que pensar nas famílias que precisa para modelar seu projeto. Em alguns casos, vai encontrar  essas bibliotecas de produtos junto aos seus fabricantes ou na internet, mas se não estiver com tanta sorte assim, terá que modelar TODOS os itens que compõem seu modelo virtual (ou projeto como costumávamos chamar na era CAD) antes de começar a fazer qualquer coisa.

4º ato. Detectado o gargalo, para equalizar o problema, você decide que é melhor colocar um único profissional responsável pelo desenvolvimento das famílias.  Em geral você vai escolher aquele cara da equipe que você mais confia e vai conferir o título de BIM manager a ele. Feito isso, podem acontecer duas coisas:

Cena 1. Todos vão ficar felizes até que... Seu BIM manager, outrora entusiasmado com a "promoção" começa a ficar bem entediado com a tarefa de SÓ desenvolver famílias e gerenciar bibliotecas ... E você, por sua vez, percebe que perdeu um de seus melhores (se não for o melhor) arquitetos, que com a nova função de afastou dos projetos onde  um dia ele descarregou toda sua criatividade.

Cena 2. Já que sua equipe não é tão grande, seu BIM manager pode eventualmente "atacar" de arquiteto (afinal de contas essa é a formação dele!). E ele começa a dividir seu tempo entre as duas atividades, até o dia em que vocês tem uma entrega marcada (aquela do contrato do primeiro parágrafo) em que o projeto é definitivamente a prioridade e quanto às famílias... "ah, isso a gente vê depois", é o comentário clássico.

Grand Finale. Acredite, esse é o cenário que encontramos em 99% dos escritórios de arquitetura e engenharia no Brasil e é um dos motivos pelos quais ainda somos um país tão atrasado no que diz respeito ao BIM. O segundo motivo diz respeito à indústria, e abordaremos isso em uma próxima oportunidade.
O fato é que os escritórios de arquitetura e engenharia não precisam necessariamente carregar o fardo de desenvolver o conteúdo de famílias para utilizar o Revit®. Essa foi a  conclusão que nós da ofcdesk chegamos e por isso criamos um programa de soluções voltadas especialmente para arquitetos. Essas soluções incluem, entre outras coisas, o desenvolvimento de famílias customizadas para atender as necessidades de cada escritório e são factíveis (leia-se "economicamente viáveis") para escritórios de qualquer porte.
Libere seus arquitetos para que eles façam o que sabem fazer de melhor. Aproveite o talento de sua equipe para projetar e deixe as famílias por conta do time de especialistas BIM da ofcdesk. Isso é o que nós fazemos de melhor.
Identificou-se? Ficou interessado? Entre em contato com a ofcdesk e saiba mais a respeito de nossos serviços.

Texto escrito por Silvia Lavagnoli